Como futura educadora, vejo que uma mínima iniciativa social tem a sua validade. Na madrugada do dia 17/10, estava corrigindo provas e trabalhos da minha mãe, que ela passou para seus alunos na disciplina Sexualidade. Quando comecei a ler os trabalhos, constatei um padrão assustador no nível de conhecimento dos jovens alunos, no que diz respeito ao conceito social da sexualidade humana. É extremamente revoltante e até mesmo digno de pena perceber que boa parte da geração jovem de 2010 ainda limita a homossexualidade ao sexo masculino. Muitos ainda confundem com a transexualidade, e sustentam preconceitos oriundos da educação familiar. São atingidos pela total ausência do pensamentos crítico-reflexivo, o que lhes permitiria desprender-se do visco do pensamento preconceituoso, e lhes daria condições de compreender o ser homossexual como uma vertente NORMAL da sexualidade humana, e também de analisar o indíviduo homossexual pelo seu caráter e atitudes, não pela orientação sexual do mesmo. O que vemos é que ocorre um estupro à liberdade de pensar dessas pessoas, que muitas vezes é provocado pelas religiões e agravado pela ignorância e alienação social. Quando as pessoas usam indiscriminadamente a Bíblia para acusar a homossexualidade de antinaturalidade e abominação, elas esquecem que esses textos foram escritos numa época totalmente diferente da que vivemos hoje. E que esses textos possuem própria interpretação CONTEXTUAL. No entanto, os leigos não o sabem. Eles lêem o que está escrito e tomam para si como verdades absolutas. Por este motivo é que, historicamente, negros, mulheres, deficientes, homossexuais tem sido brutalmente marginalizados, e por vezes, tem suas vidas ceifadas devido à leituras mal interpretadas do livro sagrado dos cristãos.
Muito se tem lutado para desvincular a homossexualidade da patologia, e embora a OMS tenha retirado de seu rol de doenças e transtornos mentais, muitas pessoas continuam com essa visão.
Homossexuais são pessoas comuns, que tem sonhos, desejos, anseios, problemas, alegrias e infelicidades como todo mundo. A sociedade falta com o respeito para com as pessoas que amam o mesmo sexo. O Brasil é um dos países que registra mais mortes por homofobia no mundo, e os brasileiros parecem se orgulhar de serem "matadores de bichas". O quadro de desigualdade social aponta para um Brasil machista, misógino, homofóbico, xenofóbico, enfim, altamente preconceituoso.
Vivemos numa época em que o fundamentalismo religioso sutilmente instaura uma guerra santa contra os gays, sob o pretexto irrisório de "defender a família." Enquanto isso, meninos são covardemente assassinados por terem "cara de viado", travestis tem seus rostos desfigurados e pênis mutilados, por que são "contra a natureza", e lésbicas são estupradas para "aprenderem a gostar de homem". E viramos apenas números nas alarmantes estatísticas. Para onde o Brasil vai com essa fama?
Nessas horas, tenho vergonha de ser brasileira, odeio o meu país e tenho medo de morrer. Pensar em desistir permeia meus pensamentos quando vejo o quadro de desinformação, ignorância e homofobia que classifica o nosso país. Por outro lado, é na desesperança que busco a força de vontade para lutar, o desejo ávido de lutar em prol do sonho de um país, um Brasil que não recrimine e não mate dois jovens que andam de mãos dadas na rua, sejam eles dois rapazes ou duas garotas.
Militância LGBT, uni-vos! Pl 122 JÁ!
Muito se tem lutado para desvincular a homossexualidade da patologia, e embora a OMS tenha retirado de seu rol de doenças e transtornos mentais, muitas pessoas continuam com essa visão.
Homossexuais são pessoas comuns, que tem sonhos, desejos, anseios, problemas, alegrias e infelicidades como todo mundo. A sociedade falta com o respeito para com as pessoas que amam o mesmo sexo. O Brasil é um dos países que registra mais mortes por homofobia no mundo, e os brasileiros parecem se orgulhar de serem "matadores de bichas". O quadro de desigualdade social aponta para um Brasil machista, misógino, homofóbico, xenofóbico, enfim, altamente preconceituoso.
Vivemos numa época em que o fundamentalismo religioso sutilmente instaura uma guerra santa contra os gays, sob o pretexto irrisório de "defender a família." Enquanto isso, meninos são covardemente assassinados por terem "cara de viado", travestis tem seus rostos desfigurados e pênis mutilados, por que são "contra a natureza", e lésbicas são estupradas para "aprenderem a gostar de homem". E viramos apenas números nas alarmantes estatísticas. Para onde o Brasil vai com essa fama?
Nessas horas, tenho vergonha de ser brasileira, odeio o meu país e tenho medo de morrer. Pensar em desistir permeia meus pensamentos quando vejo o quadro de desinformação, ignorância e homofobia que classifica o nosso país. Por outro lado, é na desesperança que busco a força de vontade para lutar, o desejo ávido de lutar em prol do sonho de um país, um Brasil que não recrimine e não mate dois jovens que andam de mãos dadas na rua, sejam eles dois rapazes ou duas garotas.
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É a solução.